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Formação de potencial elétrico por atrito em sensores

Devemos ter enorme cuidado com a instalação de sensores com poços metálicos, ou não, especialmente onde houver fluxo de ar, vapor, ou material isolante, em movimento.

Alguns integradores, com o fim de reduzir custos, solicita a retirada do fio terra do sensor, devido este ser introduzido em um slot aterrado.

No entanto, nunca se sabe como esse poço será de fato instalado, vedado, etc. Poderão usar um isolante entre a rosca e a porca (ou slot), causando o desligamento do terra, com conseqüências imprevisíveis para o controlador.
Veja o que ocorre quando há movimento de massa isolante em um material condutor ou não.

Nas figuras ao lado, temos o conhecido efeito das pontas, observado nas pontas das asas de um avião. Devido ao movimento do ar, sobre as asas, há uma formação de cargas elétricas exatamente na ponta da asa. Esse efeito força o gás úmido a se condensar em vapor d'água, passando a ser visível.
A diferença de potencial elétrico é bem grande da ordem de vários KV, tanto que para evitar incêndios, durante o abastecimento, a aeronave é antes aterrada, a fim de ser descarregada, o mesmo é feito com caminhões tanques.

Num poço onde é colocado um sensor, com movimento de massa, como em compressores de ar, caldeiras a vapor e similares, a suspenção do terra fará com que a ddp gerada possa romper o dielétrico, causando dano imediato ao controlador ou somente a indução sobre o sensor causará erros de leitura e certamente comportamento imprevisível do controlador, pois essa tensão será aplicada à malha interna da CPU.

Portanto o melhor é não economizar, mesmo a pedido do integrador, ainda que a rosca não terá nenhum veda rosca, numa substituição futura no campo, pode ser aplicado fita veda rosca, por exemplo. O mais seguro e sensato é usar um fio terra que sai do poço até o ponto seguro de aterramento, mesmo que a rosca já esteja aterrada até mesmo por outro fator que pode ocorrer futuramente, eletrólise entre a rosca e a carcaça com formação de óxidos isolantes.

Produzido pela equipe técnico-educacional da Rodelta

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